PTERIDACEAE

Eriosorus biardii (Fée) A.F.Tryon

Como citar:

Rafael Augusto Xavier Borges; Tainan Messina. 2012. Eriosorus biardii (PTERIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

0,00 Km2

AOO:

8,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos estados Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo (Prado, 2012) e Minas Gerais (Menini Neto et al., 2009).Um registro botânico indicou a ocorrência em altitude de 2100 m no Rio de Janeiro (Brade, A. C., 16515, RB 43082).Embora os registros do herbário CESJ não estejam disponíveis on line, o registro botânico 47086 indica que a espécie foi encontrada em Minas Gerais em altitude entre 900 m e 1700 m (Menini Neto et al., 2009). Já em São Paulo a espécie foi encontrada em altitude entre 750 m e 850 m (Garcia; Pirani, 2007).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Rafael Augusto Xavier Borges
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

A espécie é uma erva terrícola, que ocorre em campo rupestre da Mata Atlântica. Tem EOO de 543,72 km² e está sujeita a duas situações de ameaça considerando a presença e a ausência em unidades de conservação (SNUC). Embora o fogo tenha grande impacto na região da Serra dos Órgãos, as maiores ameaças são o crescimento urbano e a construção de condomínios sobre a floresta nativa e escarpas de montanhas.

Perfil da espécie:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Campo de altitude (Prado, 2012).Mata Arbustiva (Brade, A. C., 19246, RB 64010).Floresta ombrófila densa e formação campestre (Salino et al., 2009).
Habitats: 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude
Detalhes: A espécie é uma erva, terrícola, ocorre em campo rupestre da Mata Atlântica (Prado, 2012).A espécie também foi encontrada em local úmido, tais como o interior de floresta em Minas Gerais (Menini Neto et al., 2009), na mata de encosta da Serra do Mar, em São Paulo (Garcia; Pirani, 2007) e na mata arbustiva na Serra dos Órgãos, RJ (CNCFlora, 2012).

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1.2.2 Large-scale very high
A destruição edegradação do habitat é, sem dúvida, a maior causa de perda de biodiversidadeno Espirito Santo. Subsequentes ciclos econômicos, como o da exploração damadeira, da agricultura cafeeira, dos "reflorestamentos" homogêneos (Pinus e Eucaliptus) ameaçam a flora do Estado (Simonelli ; Fraga, 2007).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
10.1 Recreation/tourism local very low
O Cânion doRibeirão do Funil, localizado na zona da Mata - MG, é um ambiente ímpar daregião, com alta beleza cênica e grande fluxo de visitação pública, sobretudoem períodos de festas populares e feriados prolongados. Devido à suavulnerabilidade e fragilidade, a presença desordenada de turistas altera a dinâmica de decomposição e ciclagem de matéria orgânica nossolos (Menini Neto et al., 2009)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire high
A região da serra dos órgãos esta ameaçada pelo fogo. No Parque Nacional da Serra dos Órgãos, por exemplo, a estação de seca tem início em maio, com focos de incêndio mais crítico no meses de agosto e setembro. O início de incêndio ocorre principalmente pelo preparo de terreno para a prática agrícola. Em 2004, um incêndio iniciado fora da área do parque provocou a queima de 250 ha. Em oito anos, 1999-2006 foi queimado 872,5 ha nas áreas do Parque e entorno (MMA; ICMBio, 2008).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4.2 Human settlement local low
Embora o fogo tenha grande impacto para a região da Serra dos Órgãos, o crescimento urbano e a construção de condomínios ameaçam as florestas nativas e escarpas de montanhas (Miller et al. 2006).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Vulnerável" (VU), segundo a lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
"Deficiente de dados" (DD), segundo a lista vermelha da flora do Brasil, anexo 2 (MMA, 2008).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação (SNUC): RPPN São Lourenço, RPPN Serra Negra, MG (Manini Neto et al., 2009), Parque Estadual da Serra do Mar, SP (Gracia; Pirani, 2007) e RPPN Forno Grande, ES (CNCFlora, 2011)